Por Claudio Weber Abramo, diretor executivo da Transparência Brasil, organização dedicada ao combate à corrupção:
"Conforme se noticia há algumas horas, o presidente da República pretenderia deslocar o ministro Waldir Pires da Controladoria-Geral da União (CGU) para o ministério da Defesa, deixado vago pela desincompatibilização do vice-presidente José de Alencar, que acumulava a função.
Caso isso venha a se concretizar, será uma péssima notícia. Tem sido na CGU que se desenvolveu o pensamento mais consistente para a prevenção e combate à corrupção. Diversas iniciativas foram ali implantadas por Waldir Pires, entre as quais a criação de uma Secretaria de Prevenção e Combate à Corrupção.
É o primeiro organismo já aparecido no Executivo federal brasileiro cuja atividade é voltada para o combate estratégico à corrupção.
Se o ministro Waldir Pires sair da CGU, levará consigo grande parte do núcleo pensante desse organismo. Não bastasse isso, o ministro que vier a substituí-lo (e sem pré-julgamentos de qualquer natureza) trará pessoas de sua confiança e, principalmente, abordará a missão sob perspectiva própria.
Com isso, os avanços que a CGU conseguiu ao longo do último ano, principalmente, ficarão ameaçados.
Para combater a corrupção é necessário continuidade. Mudar ministros não serve a esse objetivo."
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