23.4.07


A viagem rejuvenesce as coisas e envelhece a relação consigo.
Michel Foucault, A História da Sexualidade II: O uso dos prazeres

20.4.07

Franklin ganha ação contra Mainardi em 1ª instância

Da folha online: http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/brasiliaonline/ult2307u149.shtml

"Franklin ganha ação contra Mainardi em 1ª instância
Kennedy Alencar

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, obteve vitória em primeira instância judicial contra o jornalista da revista "Veja" Diogo Mainardi. Em processo por danos morais na 2ª Vara Cível do Rio de Janeiro, Mainardi foi condenado a pagar R$ 30 mil ao ministro.

O jornalista da revista acusara Franklin de ter beneficiado parentes na contratação pelo serviço público e de ter participado da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa --este episódio resultou na queda de Antonio Palocci Filho do Ministério da Fazenda no início de 2006.

Mainardi tem o direito de recorrer da sentença."

Com a paranóia habitual, de dar inveja a Olavo de Carvalho, Reinaldo de Azevedo criou uma teia de intrigas para justificar o fato de Kennedy Alencar ter dado a notícia antes dele, para quem quiser ler: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult511u298.shtml

18.4.07

... estávamos, então, finalmente lado a lado, apesar da minha timidez agir atrasando a colisão já em andamento, paralisando o salto – o corpo estacionando no ar antes de bater no chão –, então ela disse alguma coisa, sei que disse alguma coisa porque abriu a boca moveu os lábios apresentou uma fileira infinita de dentes bem brancos apertou o olho direito e me olhou apenas com o esquerdo a sobrancelha subiu, fazendo um arco triangular, sei que disse alguma coisa e exatamente neste momento um grande silêncio aconteceu dentro da minha cabeça, o silêncio das coisas dispersas, antes do verbo prendê-las em sua rede, fui entrando num filme lento e mudo, o silêncio me fazendo pensar, pensar exatamente nos dentes brancos, muito brancos mesmo, quase como se não fossem coisa humana, e eram tantos! como caberiam todos ali dentro?... faziam uma curva sensível e se perdiam na escuridão, quis contá-los enquanto a boca ia se movendo cada vez mais devagar e, dentro do olho esquerdo, parecia luzir uma chama de conhecimento, de consciência, como se o olho dissesse: ‘sim, sim, eu sei, não há como negar, eu até acho graça, não é possível esconder’. soube, neste instante, que estava perdida.