18.4.09

O desejo da âncora é ser içada.
Quando não, segura.

R.G.

Legaturi bolnavicioase



Dizer "não" é sexy.


Info: Legaturi bolnavicioase ("Love Sick"), Romênia/França, 2006, Direção: Tudor Giurgiu.

15.4.09

Para R.G.

"O primeiro motivo dessa alegoria consiste em interpretar o triunfo de Ulisses sobre as Sereias como o de uma forma emergente de racionalidade sobre o mito, mais precisamente, como a transformação da magia em arte. Enquanto monstros imemoriais, aquáticos e femininos, as Sereias encarnam os poderes mágicos anteriores ao sujeito como identidade racional e determinada. Sua força mágica de sedução provém da atração da saudade que continua exercendo a representação de uma indistinção feliz entre o si (selbst) e o mundo, lembrança da in-distinção entre o recém-nascido e sua mãe, segundo Freud; mas sucumbir à sedução dessa felicidade também significa desistir da individuação e, portanto, arriscar a própria existência: os viajantes que se entregaram às Sereias foram por elas devorados. Ulisses resiste às Sereias, mas não abdica do gozo (incompleto) de escutar seu canto: reconhece o encanto, mas não cede ao encantamento. Neste gesto, os poderes da magia são condenados á ineficácia e, simultaneamente, reconhecidos e mantidos como expressão de beleza e transcendência: são transformados em expressão artística. Se a arte surge, então, da magia como sua forma mais racional e mais pura, ela também emerge como beleza impotente, sem eficácia, uma expressão sem conseqüências práticas, uma mera forma separada da ação. Adorno e Horkheimer enfatizam tanto a beleza quanto a impotência da arte. O que a estética clássica caracterizou como sua grandeza, a saber sua relação como nobre exercício da contemplação (em grego, theoria), ou seu caráter de "finalidade sem-fim" (Kant), também é sinônimo de fraqueza maior: não ter mais poder de ação. Somente assim, aliás, a arte é tolerada em uma sociedade fundada sobre a dominação."

"Resistir às sereias", Jeanne Marie Gagnebin

9.4.09

Conclusões Oníricas

1. Se não quer, então me beba.

2. O palavrão é a parte mais importante do Discurso.

3. A lembrança é a pregnância da imagem.

Conclusões Estranhíssimas

1. Filósofos dão péssimos cachorros.

2. Nenhuma felicidade é tão facilmente alcançável quanto tomar um couro na roda.

3. Os Von F. são reconhecidamente psicopatas. (Esta é do Freud - Rascunho F, 20 de agosto de 1894).

4. Não suporto ser objeto de ninguém.

5. "Nunca podemos pensar que os outros são consciências que têm um sentimento de si próprios, como nós - disse Françoise. - Quando descobrimos isso, é terrível: temos a impressão de que não passamos de uma imagem refletida no cérebro de alguém. Mas isso quase nunca acontece ou, em todo caso, nunca acontece completamente." (Esta é a versão Simone de Beauvoir da Conclusão Estranhíssima No. 4. Está em "A Convidada")

Musicálidos...

...dance me to the end of love...