16.10.06

Carta Capital, a Grande Mídia, Edmilson Bruno, o Golpe II...

Primeiro, o link para a reportagem da Carta Capital: http://cmscotti.googlepages.com/fatos-ocultos.pdf

Agora, o link para a transcrição do conteúdo da conversa de Edmilson Bruno e jornalistas: http://viomundo.globo.com/site.php?nome=PorBaixoPano&edicao=343 (aposto que a mãe do Edmilson Bruno só deu este nome para ele porque achava que, algum dia, ele ia ser muito famoso; e não é que ela acertou???...)

Questões que ficam no ar: como as equipes de Alckmin e Serra já estavam em frente a delegacia antes mesmo da chegada dos presos? Por que Estadão, Folha e Globo publicaram as declarações de Edmilson Bruno de que tinha sido roubado quando sabiam que esta era falsa? Por que, até agora, não apresentaram a conversa gravada? A cada vez que surge, Edmilson Bruno aprofunda o enigma a sua volta: ele fez a prisão dos petistas a partir de uma dica anônima que, agora, torna-se, também, suspeita. Por que não se comenta que 70% das ambulâncias da Planam foram compradas pelo Ministério da Saúde ainda no governo anterior? Para esta informação, não se precisa de dossiê nenhum, basta olhar os dados. Por que, do dossiê, exibe-se apenas as fotos do dinheiro e não as imagens e extratos que também fazem parte dele? (Aqui, um pouquinho de manipulação subliminar: ninguém fala dossiê 'contra José Serra', mas fica numa coisa vaga, generalizada: dossiê contra tucanos...) Ninguém lembra que o procurador Mario Avelar, que pediu a prisão dos 'aloprados' em período eleitoral, é o mesmo que destruiu a candidatura de Roseana Sarney que, ironicamente, surgia, em 2002, como a candidata anti-lula. Ninguém lembra, tampouco, que Mario Avelar é também o mesmo procurador que pediu a prisão do diretor do Ibama e, depois, admitiu que não tinha provas o suficiente para fazer este pedido (mesmo comportamento que ele teve, agora, com Freud Godoy). Outra questão: a compra do dossiê, em si, não é um crime (quem não se lembra da Veja admitindo ter recebido um dossiê do orelhudo Daniel Dantas, não ter verificado suas informações - contas no exterior de Lula, Tomás Bastos, etc - e ainda assim ter publicado do mesmo jeito?). O crime se caracterizaria pela falsidade das informações - como ninguém quer falar das informações do dossiê, ninguém vai saber se elas são verdadeiras ou falsas - ou pela origem ilícita do dinheiro, o que parece ser o caso.


Agora, trecho de um artigo (http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/394501-395000/394778/394778_1.html)


O 1º GOLPE DE ESTADO JÁ HOUVE. E O 2º?
Paulo Henrique Amorim


Um golpe de Estado levou a eleição para o segundo turno.

É o que demonstra de forma irrefutável a reportagem de capa da revista Carta Capital que está nas bancas (“A trama que levou ao segundo turno”), de Raimundo Rodrigues Pereira. E merecia um sub-titulo: “A radiografia da imprensa brasileira”.

(...)


Na mesma edição da revista Carta Capital, ao analisar uma pesquisa da Vox Populi, que Lula tem 55%, contra 45% de Alckmin, Mauricio Dias diz: “ ... dois fatos tiraram Lula do curso da vitória (no primeiro turno). O escândalo provocado por petistas envolvidos na compra do dossiê da familia Vedoin ... e secundariamente o debate promovido pela TV Globo ao qual o presidente não compareceu.”

Quer dizer: o golpe funcionou.

Mino Carta, o diretor de redação da Carta Capital, diz em seu blog, aqui no IG (http://blogdomino.blig.ig.com.br/), que houve uma reedição do golpe de 89, dado com a mão de gato da Globo, para beneficiar Collor contra Lula. “A trama atual tem sabor igual, é mais sutíl, porém. Mais velhaca,” diz Mino.

Permito-me acrescentar outro exemplo.

Em 1982, no Rio, quase tomaram a eleição para Governador de Leonel Brizola. Os militares, o SNI, e a Policia Federal (como o delegado Bruno, agora, em 2006) escolheram uma empresa de computador para tirar votos de Brizola e dar ao candidato dos militares, Wellington Moreira Franco. O golpe era quase perfeito, porque contava também com a cumplicidade de parte de Justiça Eleitoral e, com quem mais? Quem mais?

O golpe contava com as Organizações Globo (tevê, rádio e jornal, como agora) que coonestaram o resultado fraudulento e preparam a opinião pública para a fraude gigantesca.

Que só não aconteceu, porque Brizola “ganhou a eleição duas vezes: na lei e na marra”, como, modestamente, escrevi no livro “Plim-Plim – a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral”, editora Conrad, em companhia da jornalista Maria Helena Passos.

Está tudo pronto para o segundo golpe.

O Procurador Avelar está lá.

Quantos outros delegados Bruno há na Policia Federal (de São Paulo, de São Paulo !).

A urna eletrônica no Brasil é um convite à fraude. Depende da vontade do programador. Não tem a contra-prova física do voto do eleitor. Brizola aprendeu a amarga lição de 82 e passou resto da vida a se perguntar: “Cadê o papelzinho ?”, que permite a recontagem do voto ?

E se for tudo parar na Justiça Eleitoral? O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello já deixou luminosamente claro, nas centenas de entrevistas semanais que concede a quem bater à sua porta, que é favor da candidatura Alckmin.

E o segundo golpe? Está a caminho. As peruas da GW já saíram da garagem.

Nenhum comentário: