6.11.06

Clipping

Do blog do Mino (http://blogdomino.blig.ig.com.br/):

Reações e reações
Notável, notabilíssima, a desfaçatez dos “grandes” (grandes? eu os enxergo mínimos) da mídia nativa, e dos seus costumeiros defensores, eminentes representantes da corporação. Todos se credenciaram contra a “intimidação” que teriam sofrido três repórteres da Veja por parte de um delegado da PF de São Paulo, a quem prestavam depoimento. Mas não percebo qualquer reação por parte dos mesmos “grandes” (mínimos) diante da inaudita condenação do professor Emir Sader por um juiz de primeira instância de São Paulo, por ter definido o senador Bornhausen como “racista” depois deste ter chamado o PT de “esta raça”. Sader foi condenado a um ano de detenção em regime aberto e à perda de sua cátedra. Do arco-da-velha. Mas quem protesta? Só mesmo na internet. Nada nas páginas dos jornais, nada no vídeo, silêncio parlamentar. Está claro que nada esperava da Associação Nacional dos Jornais, ou da Sociedade Interamericana de Imprensa, notórias entidades patrimoniais.



Do blog Contrapauta (http://blog.contrapauta.com.br/):

"O segundo caso de reportagem clandestina está numa das cartas de leitores da Veja São Paulo desta semana, assinada pelo dentista Mario Sergio Limberte.

A reportagem menciona meu nome na área de estética dental. Ser consultado anonimamente não me incomodou absolutamente. Mas a divulgação do meu endereço, telefone, diagnóstico e honorários deixa a impressão de que autorizei a publicação. O código de ética do Conselho Regional de Odontologia condena e pune o profissional que usa esse expediente. Solicito que a revista confirme que a matéria foi publicada sem o meu conhecimento e sem consentimento prévio.

Sua solicitação caiu no vazio. Não há palavra da revista reconhecendo que atropelou a ética que regulamenta o trabalho dos dentistas. "


Do blog AmigosdoPresidenteLula (http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/)

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado votará, na próxima quarta-feira, um projeto de lei que obriga a identificação dos usuários da internet antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros.O acesso sem identificação prévia seria punido com reclusão de dois a quatro anos. Os provedores ficariam responsáveis pela veracidade dos dados cadastrais dos usuários e seriam sujeitos à mesma pena (reclusão de dois a quatro anos) se permitissem o acesso de usuários não-cadastrados.

O autor do projeto é o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), reconhecido no teste de paternidade do valerioduto.


Mais uma do blog do Mino:

Civita e o governo
Engana-se quem aponta a edição de livros didáticos como o centro das pendências da Abril com o governo federal. Roberto Civita, boss da editora, mira em negócio muito mais fabuloso, a internet sem fio. Especialistas falam em centenas de milhões de reais. Outros, em bilhão.

Ao enredo: Civita tem tido conflitos recorrentes com os capatazes da revista Veja. Há alguns meses pede moderação em relação ao governo Lula. Reportagens contra o PT e a administração federal teriam sido engavetadas. Nos corredores da empresa, o boss arriscou-se a afirmar que contrataria Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, para administrar a Abril.

No início dos anos 90, a Abril ganhou de graça, e sem concorrência, concessões de MMDS no Rio, São Paulo e sul do País. A freqüência teve pouca utilidade até agora, já que a tevê por assinatura desenvolveu-se de outras formas. A internet sem fio deve, porém, utilizar essa faixa. As perspectivas do novo negócio são animadoras. Ou seja, as concessões que não valiam nada viraram ouro.

Em meados de abril passado, a Casa Civil solicitou que o Ministério das Comunicações fizesse uma consulta à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A ministra Dilma queria saber se as concessões dadas há mais de 15 anos estavam de pé ou, em nome da concorrência e da inclusão digital, não seria o caso de promover novas licitações de MMDS. Justamente nas áreas onde a Abril detém virtual monopólio.

Na Anatel, o placar foi 2 a 2. Os conselheiros indicados por FHC rejeitaram a proposta de nova licitação, o que atendia ao interesse da Abril. Os indicados por Lula foram a favor da consulta da Casa Civil. Pelas regras da agência, em caso de empate, vale a decisão anterior. Tudo ficou na mesma. Por enquanto.

O governo ainda precisa indicar mais um conselheiro. Nesse caso, uma nova consulta da Casa Civil poderia interferir nos negócios da família Civita. Diante dessa perspectiva, Civita foi à luta. Esteve reunido com Dilma Rousseff para tratar do assunto. Foi levado ao encontro por Sidnei Basile, Diretor de Relações Institucionais da Abril. Hélio Costa, das Comunicações, esteve duas vezes no prédio da Marginal Pinheiros que abriga o grupo. Enquanto isso, Civita exigia moderação dos subordinados, para não melindrar o governo.

Em tempo: os principais negócios do grupo sul-africano Naspers, que comprou 30% do capital da Abril por 422 milhões de dólares, são tevê por assinatura e, vejam só, internet.

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