20.12.06

poeminha para amigo oculto

vicário
a. j.

cultíssimo:
gestos aéreos em
encontros carregados
carrêgo diurno – à noite, descarrégo.

do m’être ao sê-lo
lá se vai uma volta
pelo avesso, in-
verso.

plágio: do entorno
condensado
para o centro
em deslocamento-disperso

referências disseminadas
um truque borgiano
(ele não estava lá
mas lá estavam as palavras)
a bota de dante
o peito de beatriz
o rabo de melville
as traças de heidegger
o cavalo de nietzsche
o joão da pedra

philia desdobra queredor
(querer dor?)
ocultado num gesto simples
de mimesis; mim-
ético.

13.12.06

Ah, a classe média...

Do Blog do Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada

"A coordenadora do Observatório do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira, dia 12, que é errado dizer que a classe média paga a conta do crescimento da classe baixa (clique aqui para ouvir).

Segundo ela, o aumento dos salários mais baixos (até três salários mínimos) não provoca uma perda no rendimento da classe média.

“Eu não acredito que a gente tenha uma leitura tão simplificada. Não é o aumento das classes que ganham até três salários mínimos que provoca essa situação. Tem a ver com o tamanho do crescimento econômico”, disse Paula Montagner.

A economista não concorda que haja perda de poder aquisitivo na classe média. Paula Montagner disse que a média salarial de quem ganhava entre R$ 6,1 mil e R$ 10 mil em 2000 era de R$ 7.726,00 e, em 2005, essa média passou para R$ 7.870,00. Já a média salarial de quem ganhava entre R$ 3 mil e R$ 6,1 mil em 2000 era de R$ 4.207,00. Em 2005, essa média passou para R$ 4,3 mil.

A economista disse que os dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) não mostram que o número de ocupados com renda acima de três salários mínimos caiu. “Nos dados da RAIS a gente tem um crescimento para todas as faixas acima de três salários mínimos”, disse Paula Montagner.

Paula Montagner não aceita a tese da consultoria MB Associados e do jornal Folha de S. Paulo de que nessa faixa acima de três salários mínimos houve uma queda de renda real de 46,3% para a faixa acima de três salários mínimos entre 2001 e 2006 (clique aqui).

“Os nossos dados por faixa salarial não mostram isso”, disse Paula. Segundo ela, todos os segmentos intermediários de renda têm variação positiva. Ou seja, não houve perda e sim ganho salarial.
Paula disse também que 75% dos trabalhadores com vínculo formal são isentos do Imposto de Renda.
Segundo ela há um maior Imposto de Renda, principalmente para as faixas com mais altas rendas. Por isso que o Ministério do Trabalho defende um reajuste da tabela do Imposto de Renda, para que haja uma equidade entre a parte mais alta da contribuição aconteça para os salários de mais alto nível."

A entrevista está no link: http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/405001-405500/405283/405283_1.html

12.12.06

11 de setembro de 1973

Palabras Finales del Presidente Salvador Allende en el día 11 de septiembre de 1973

Esta será la última oportunidad en que me puedo dirigir a ustedes. La Fuerza Aérea ha bombardeado las torres de Radio Portales y Radio Corporación. Mis palabras no tienen amargura sino, decepción y serán ellas, el castigo moral para los que han traicionado el juramento que hicieron. Soldados de Chile, comandantes en jefe titulares, el Almirante Merino que se ha autodesignado, más el señor Mendoza, General rastrero, que sólo ayer manifestara su fidelidad y lealtad al gobierno, también se ha denominado Director General de Carabineros.

Ante estos hechos sólo me cabe decirle a los trabajadores: yo no voy a renunciar, colocado en un tránsito histórico pagaré con mi vida la lealtad del pueblo y les digo que tengo la certeza que la semilla que entregáramos a la conciencia, digna, de miles y miles de chilenos, no podrá ser segada definitivamente, tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales, ni con el crimen, ni con la fuerza. La historia es nuestra y la hacen los pueblos.

Trabajadores de mi patria, quiero agradecerles la lealtad que siempre tuvieron, la confianza que depositaron en un hombre que sólo fue intérprete de grandes anhelos de justicia; que empeñó su palabra de que respetaría la Constitución y la ley, y así lo hizo. En este momento definitivo, el último en que yo pueda dirigirme a ustedes, espero que aprovechen la lección. El capital foráneo, el imperialismo, unido a la reacción, creó el clima para que las Fuerzas Armadas, rompieran su tradición: la que les enseñara Schneider y que reafirmara el comandante Araya, víctima del mismo sector social, que hoy estarán en sus casas esperando con mano ajena reconquistar el poder para seguir defendiendo sus granjerías y sus privilegios.

Me dirijo sobre todo a la modesta mujer de nuestra tierra, a la campesina, que creyó en nosotros; a la obrera que trabajó más, a la madre que supo de nuestra preocupación por los niños; me dirijo a los profesionales de la patria, a los profesionales patriotas, a los que hace días estuvieron trabajando contra la sedición auspiciada por los colegios profesionales, colegios de clase para defender también las ventajas que la sociedad capitalista les impuso; me dirijo a la juventud, a aquellas que cantaron, que entregaron su alegría y su espíritu de lucha. Me dirijo al hombre de Chile, al obrero, al campesino, al intelectual, aquellos que serán perseguidos, porque en nuestro país el fascismo ya estuvo hace muchas horas presente, en los atentados terroristas, volando los puentes, cortando las líneas férreas, destruyendo los oleoductos y los gasoductos. Frente al silencio de los que tenían la obligación de proceder... la historia los juzgará. Seguramente Radio Magallanes será acallada y el metal tranquilo de mi voz no llegará a ustedes, no importa, me seguirán oyendo, siempre estaré junto a ustedes, por lo menos mi recuerdo, que fue el de un hombre digno que fue leal a la lealtad de los trabajadores.El pueblo debe defenderse pero no sacrificarse.

El pueblo no debe dejarse arrasar ni acribillar, pero tampoco puede humillarse.

Trabajadores de mi patria. Tengo fe en Chile y en su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo donde la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que mucho más temprano que tarde, de nuevo, abrirán las grandes alamedas, por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor.

¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!

Estas son mis últimas palabras, tengo la certeza de que mi sacrificio no será en vano. Tengo la certeza de que por lo menos, será una lección moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición.

Pinochet

Marco Aurélio Weissheimer - Carta Maior

No dia 11 de setembro de 1973, o compositor e cantor Victor Jara foi preso na universidade onde trabalhava, juntamente com cerca de 600 estudantes, e levado para o Estádio Nacional do Chile, em Santiago. Neste mesmo dia, é torturado e assassinado por militares que o retiraram de uma fila de prisioneiros que iam ser transferidos. Dias depois, seu corpo fuzilado, com as mãos amputadas, é identificado em um necrotério por sua esposa, a bailarina inglesa Joan Jara. Essa é uma das histórias que compõem o currículo do general Augusto Pinochet, que comandou uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina. O ex-ditador morreu neste domingo, aos 91 anos, no Hospital Militar de Santiago. Sob seu regime, mais de 3 mil pessoas foram assassinadas. Adotou a tortura e o extermínio como método sistemático para se livrar de opositores; e a limpeza étnica, como método para “se livrar” da pobreza extrema no país. Pesam contra ele acusações de assassinatos, torturas, seqüestros, enriquecimento ilícito e tráfico de drogas.

Entre os milhares de crimes cometidos sob a ditadura Pinochet, um deles tem significado especial. No dia 11 de setembro de 1973, o general comandou um golpe de Estado que derrubou o governo socialista de Salvador Allende. O Palácio La Moneda foi atacado por terra e bombardeado por aviões da Força Aérea chilena. Allende morreu dentro do palácio tentando resistir ao golpe de Pinochet, apoiado diretamente pelo governo dos Estados Unidos. Pinochet também é apontado como responsável direto pela morte de ministros e oficiais do governo Allende. Em setembro de 1976, Orlando Letelier, ex-embaixador chileno nos Estados Unidos e ex-ministro de Allende, foi assassinado em Washington, através de uma bomba deixada em seu carro. Dois anos antes, em 1974, o general Carlos Prats, comandante do Exército durante o governo Allende, foi assassinado em circunstâncias similares, em Buenos Aires. Tudo isso sob o olhar complacente dos EUA.

Durante os anos 70, Pinochet foi um dos principais articuladores da Operação Condor, movimento de repressão, tortura e extermínio de militantes de esquerda, que reuniu seis ditaduras sul-americanas, incluindo a brasileira, com o apoio político e logístico dos EUA, especialmente através da atuação da Escola das Américas. No auge da Guerra Fria, essa escola, criada pelo governo norte-americano, recebia militares latino-americanos para cursos de formação, que incluíam técnicas de tortura e assassinato. Entre seus principais aliados e apoiadores, aparecem nomes como o do ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, do ex-presidente Ronald Reagan, do economista Milton Friedman e da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Ao receber a notícia da morte do ditador, na tarde deste domingo, Thatcher disse, através de seu porta-voz, que estava “profundamente triste” e transmitiu condolências à família. Em 1982, Pinochet apoiou a Inglaterra contra a Argentina, na Guerra das Malvinas.

A manifestação de Thatcher ilustra o que representou a ditadura de Pinochet. Com o apoio dos economistas da Escola de Chicago, que teve em Milton Friedman um de seus principais expoentes, o governo militar chileno foi o seguidor mais ortodoxo do ideário neoliberal que se tornou hegemônico no mundo a partir dos governos de Ronald Reagan, nos EUA, e de Thatcher, na Inglaterra. Os governos destes dois países, entre outros, não hesitaram em apoiar a ditadura chilena e em fechar os olhos para os crimes de Pinochet sob o pretexto de garantir a “vitória do mundo livre” na região. Vitoriosa “a liberdade”, o próximo passo foi implementar um radical processo de privatizações no país e apontá-lo como modelo que deveria ser seguido pelos demais países da região. Pinochet foi a expressão mais clara do cinismo e da hipocrisia de um modelo que falava em liberdade, durante o dia, e apoiava torturas e assassinatos à noite.

Continua: http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13071

8.12.06

Imigrantes do Desejo

‘Novo documento’ é o nome que me sugere o computador. Posso chamá-lo assim, como Lacan chamou seus textos de ‘Escritos’, torcendo a obviedade, para que ela passasse a demonstrar algo bem além de si mesma… Um outro nome, “Imigrantes do Desejo” me ocorre quando estou rememorando um sonho. Não sei muito bem o que quer dizer e decido não forçar um sentido sobre isso.

Um gesto cruel ou um ato erótico. Literatura vale para um e para outro. A crueldade para se fazer avançar além de si mesmo nos jogos de escrita (abandono: caracteres individuais, marcas positivas, narcisismos); erotismo para, ao mesmo tempo, não se esquecer do corpo (pessoal, sempre; exigente e rigoroso).

Diz Barthes: “Como se da escritura, ato erótico forte, não restasse mais do que a fadiga amorosa.” Erotismo tem muito pouco a ver com literatura erótica ou pornográfica. Proust não precisa descrever explicitamente as noites do protagonista com Albertine e a cena sexual mais forte de La Recherche, em sua sétima parte, é a surra comprada por Charlus num bordel.

Como Proust, Barthes consegue manter um equilíbrio entre erotismo e escritura, erotismo e crítica. Acho que tem a ver com sua homossexualidade (leio Incidentes, seu diário póstumo). Não a sexualidade biográfica, vivida, mas uma outra relação com o mundo, no sentido de exigir outros olhos – sejam as Gomorreanas que se reconhecem, sejam os Sodomitas dispersos –, exigir uma constante decifração dos gestos do mundo, pela via do desejo: eu posso contar com contar com a cumplicidade desta pessoa do mesmo sexo que eu? Ou mais, com a sua aquiescência? Será esta a base do erotismo: outros signos debaixo de um signo? Outros signos insuspeitos, debaixo de um gesto que pode negá-los? A quantidade – ou qualidade – de risco que o erotismo exige?

Ou, atravessando todos os possíveis arranjos amorosos, quando apaixonado-apaixonada fala a amado-amada: ‘o modo específico como a camisa de botões cai mais para um lado que para o outro quando você a veste’, ‘a matiz indefinível de seus olhos quando você está com raiva’, este dedinho torto, esta marca de nascença, a sombra deste osso sobre a carne. Isso também é erotismo: a eleição de um único signo para ser interpretado. Um signo que, parecendo mínimo, pode caber todo um novo mundo, pode reordenar a escala de importância e hierarquia de tudo a seu redor. Por isso, Proust é o mago dos gestos mínimos, por isso o tropeço e a madeleine são suficientes para reenviar à memória lembranças de tempos há muito idos. Não à toa, a decifração das palavras de Albertine é gesto de amor e de desconfiança, é decifração erótica e tormento da linguagem.

...estes eflúvios sexuais constantes (acabei de olhar no Houaiss o que significa ‘eflúvio’ – faço isso de bôbera porque tenho um dicionário muito mais interessante aqui no peito, na memória, nas lembranças de todas as coisas que eu li, de como uma palavra se coloca entre as outras, de como adivinhar seu sentido ou inventar um bem melhor, mais próprio – e, de repente, eis o que diz o Houaiss: “emanação sutil que se desprende dos corpos organizados”... estou encantada com esta idéia: o que será um ‘corpo organizado’? o que será um ‘corpo desorganizado’?)

[A escritura é a armadura de fantasia do neurótico]

5.12.06

Ralph Fiennes em Cuba

Ralph Fiennes, protagonista de O Paciente Inglês e O Jardineiro Fiel, está dando aulas magistrais em Havana, por ocasião do 20º aniversário da Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños, mas, discreto, afirma que veio a Cuba apenas "para ver e escutar".

"Sinto que tenho muito a aprender sobre o país e sua indústria cinematográfica; quero que sejam vocês a me ensinarem. Adoraria debater e responder perguntas, mas vim, sobretudo, para ver e escutar", declarou o ator ao jornal Granma.

"Estou agradecido, honrado e muito contente" de estar em Cuba, afirmou, antes de explicar seu método para compor personagens tão diversos que interpretou sob a direção de cineastas tão diferentes (Steven Spielberg, Anthony Minghella, Fernando Mierelles) com os quais disse ao jornal Granma ter tido o prazer de trabalhar.

Também falou da forma como se concebe o elenco dos filmes, como se escolhe um papel, as preferências com relação ao teatro, à pesquisa necessária antes de cada nova interpretação, e outros assuntos.

A presença de Fiennes em Cuba coincide com a 28ª edição do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, que será inaugurado na noite desta terça-feira em Havana.

Do Globo Online

SÃO PAULO - Um laudo do Instituto de Criminalística (IC) revela que não era cocaína o pó branco encontrado na mamadeira da bebê Victoria Maria do Prado Iori Camargo, de 1 ano e 3 meses. A menina morreu em 29 de outubro, após sofrer três paradas cardíacas no Hospital Municipal Infantil de Taubaté, no Vale do Paraíba. A mãe, Daniele Toledo do Prado, de 21 anos, foi presa em flagrante e acusada de assassinar a filha com overdose da droga, misturada ao leite. Na cadeia, Daniele apanhou de outras detentas, teve a mandíbula fraturada , diversos hematomas no rosto e ainda uma caneta enfiada no ouvido. Antes, teria sido estuprada dentro do hospital onde o bebê morreu.

Daniele passou três dias em estado grave na Santa Casa de Pindamonhangaba, onde nem os parentes nem a advogada puderam visitá-la. Só depois disso foi transferida para uma cela individual, na Penitenciária Feminina de Tremembé, onde permanece presa.

Assinado pela perita Mônica Marcondes Feigueiras, de São José dos Campos, o laudo do IC também deu negativo para o exame feito no pó branco retirado da boca da criança no hospital e na seringa apreendida na bolsa de Daniele Na ocasião, a polícia afirmou que um laudo havia comprovado que o pó branco era cocaína.

- Vamos apurar porque o laudo preliminar deu positivo - diz o delegado seccional da cidade, Roberto Martins de Barros.

Segundo ele, não é a primeira vez que os peritos criminais da cidade emitem laudo contraditório.

Continua: http://oglobo.globo.com/sp/mat/2006/12/05/286900145.asp

4.12.06

Do blog Contrapauta

Visão estreita: presidente eleito do Equador é “amigo de Chávez”
Alceu Nader

Todas as reportagens da grande mídia que apresentam o presidente eleito do Equador no último final de semana, Eduardo Rafael Correa, desde a segunda-feira passada, quando foi confirmada sua vitória, trazem o rótulo “amigo de Chávez”. Algumas reportagens repetem a expressão duas, três vezes, repetindo a mesma técnica que consiste em reproduzir à exaustão sua interpretação ou julgamento premeditado. O resultado é que o esforço para vestir uma personagem com roupa de outra deixa vastos campos de ignorância. A imprensa brasileira, no todo, desconhece o que efetivamente acontece ou que está por vir nos países vizinhos ao Brasil. Esse desconhecimento leva ao demérito antecipado de toda e qualquer iniciativa que vise a união dos países do continente, como pode ser comprovado pelo bombardeio contra o Mercosul e a a incitação para que o Brasil invadisse a Bolívia para proteger as instalações da Petrobras. No caso do Equador, a desinformação é ainda maior porque o país não tem fronteira e, portanto, sem eventos de fronteira que motivem o acompanhamento.

Assim, ao carimbar Rafael Correa como “amigo de Chávez”, um economista com doutorado na Europa (sua mãe é belga) e mestrado nos Estados Unidos, de 43 anos, a imprensa brasileira não faz outra coisa senão renovar seu preconceito com o continente “assolado pela onda populista”.

Além do carimbo pejorativo, a grande mídia, antes de se perguntar porque Correa foi eleito, preocupa-se em antecipar eventuais problemas que o jovem presidente equatoriano deverá enfrentar em duas frentes com os Estados Unidos. Um deles é a base militar norte-americana de Manta, na costa do Pacífico, que Correa já avisou que não quer mais em seu país; outra, é o rompimento do contrato, efetivado em maio passado, entre o governo equatoriano e Occidental Petroleum Corporation, Oxy, que até então era responsável por 20% das exportações de petróleo do Equador. Em ambos os casos, a imprensa nacional cumpre seu papel de intérprete dos interesses do país mais poderoso do mundo.

(...)

link: http://blog.contrapauta.com.br