Falo com o professor de francês ao telefone. Ele acabou de chegar da França, onde visitou sua família, e me trouxe um livro muito difícil de se encontrar. Foi ele a ligar e já o processo de se apresentar, ao telefone, gerou construções que unem francês e português, além de dúvidas ao professor cujo português é, essencialmente, substantivado: ‘Aqui, Jean-Jacques. O professor. Professor?’
Pergunto, em português, como foi a viagem, ele me dá as impressões do livro que me comprou (‘extrânho’), tudo num português trôpego. Ainda não estou pronta para abandonar minha língua. É só depois que passo eu a tropeçar pelo meu francês, em resposta a uma pergunta dele (me confunde os dias da semana, terça e quinta, o mesmo me acontece em inglês). Mas é sempre um momento delicado este, de gentilezas, a passagem de uma língua a outra.
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