Se os valores fossem derivados apenas da instância objetiva, a universalidade e a necessidade, consideradas separadamente da experiência afetiva, traduzir-se-iam numa generalidade abstrata e formal, irremediavelmente distante das práticas humanas. Essa dificuldade não pode ser resolvida por um meio-termo estabelecido entre as duas possibilidades, porque os valores devem ser, ao mesmo tempo, dotados de um teor de universalidade que nos incline a adotá-los por sua própria força, e vividos na individualidade singular do sujeito que age. A consciência da ação se manifesta de dois modos: na adesão a valores que me transcendem e na adesão a mim mesmo. À tensão que assim se constitui na ação acompanhada de consciência moral denominamos autenticidade.Ética e situações-limite
Franklin Leopoldo e Silva
Revista CULT, Ano 13, N. 145
9.5.10
A ética, ainda...
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