25.2.07
22.2.07
15.2.07
Ironias do poder
Do Blog do Josias:
"CCJ da nova Câmara tem a cara da velha Câmara
Às voltas com um esforço para melhorar a própria imagem, a Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (14) as suas comissões temáticas. A de Constituição e Justiça, a principal, será presidida por Leonardo Picciani (PMDB-RJ), um deputado de 27 anos, em segundo mandato.
A inexperiência não é, contudo, o traço que mais sobressai na biografia de Picciani. O deputado é sócio do pai Jorge Picciani (PMDB-RJ) presidente da Assembléia Legislativa do Rio, em empresas rurais. Os negócios da família encontram-se sob investigação do Ministério Público.
Suspeita-se de fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Chamada a entrar em campo, a Receita Federal detectou uma evolução patrimonial de 1.065% dos Picciani. Multou-os em R$ 1,5 milhão.
À frente da CCJ, o deputado Leonardo Picciani terá a atribuição de julgar os recursos apresentados contra decisões da direção da Casa e da Comissão de Ética. A comissão funciona como uma espécie de tribunal de recursos no âmbito da Câmara.
O deputado contará com a ajuda dos colegas que integram a CCJ. Entre eles Paulo Maluf (PP-SP), que já foi preso sob a acusação de desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, além de José Mentor (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), mencionados na denúncia do mensalão, aquela da “quadrilha dos 40”.
Como se vê, a CCJ da nova Câmara tem a cara da velha Câmara."
Curto-circuito: Serra recompra avião de Alckmin
"Aos pouquinhos, o governador José Serra (PSDB) vai demonstrando que o seu conceito de “choque de gestão” é bem diferente do que foi esgrimido por seu colega de partido, Geraldo Alckmin, na campanha presidencial do ano passado. Leia-se, a propósito, a nota abaixo, publicada na coluna de Mônica Bergamo:
- AeroSerra: Sabe aquele bordão da campanha presidencial de Geraldo Alckmin - "Vou vender o AeroLula"? Terá que sair do dicionário tucano por um bom tempo. É que o avião do governo paulista, que Alckmin se orgulhava de ter vendido, um HS, foi recomprado pelo governo de SP e está sendo usado pelo atual governador, José Serra."
"CCJ da nova Câmara tem a cara da velha Câmara
Às voltas com um esforço para melhorar a própria imagem, a Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (14) as suas comissões temáticas. A de Constituição e Justiça, a principal, será presidida por Leonardo Picciani (PMDB-RJ), um deputado de 27 anos, em segundo mandato.
A inexperiência não é, contudo, o traço que mais sobressai na biografia de Picciani. O deputado é sócio do pai Jorge Picciani (PMDB-RJ) presidente da Assembléia Legislativa do Rio, em empresas rurais. Os negócios da família encontram-se sob investigação do Ministério Público.
Suspeita-se de fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Chamada a entrar em campo, a Receita Federal detectou uma evolução patrimonial de 1.065% dos Picciani. Multou-os em R$ 1,5 milhão.
À frente da CCJ, o deputado Leonardo Picciani terá a atribuição de julgar os recursos apresentados contra decisões da direção da Casa e da Comissão de Ética. A comissão funciona como uma espécie de tribunal de recursos no âmbito da Câmara.
O deputado contará com a ajuda dos colegas que integram a CCJ. Entre eles Paulo Maluf (PP-SP), que já foi preso sob a acusação de desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, além de José Mentor (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), mencionados na denúncia do mensalão, aquela da “quadrilha dos 40”.
Como se vê, a CCJ da nova Câmara tem a cara da velha Câmara."
Curto-circuito: Serra recompra avião de Alckmin
"Aos pouquinhos, o governador José Serra (PSDB) vai demonstrando que o seu conceito de “choque de gestão” é bem diferente do que foi esgrimido por seu colega de partido, Geraldo Alckmin, na campanha presidencial do ano passado. Leia-se, a propósito, a nota abaixo, publicada na coluna de Mônica Bergamo:
- AeroSerra: Sabe aquele bordão da campanha presidencial de Geraldo Alckmin - "Vou vender o AeroLula"? Terá que sair do dicionário tucano por um bom tempo. É que o avião do governo paulista, que Alckmin se orgulhava de ter vendido, um HS, foi recomprado pelo governo de SP e está sendo usado pelo atual governador, José Serra."
14.2.07
4.2.07
Lembrando Jamil Snege
Estou vomitando você, meu bem
Jamil Snege
Como o vivo vomita o morto, como a ave regurgita o seixo venenoso, como a fêmea rejeita o sêmen indesejado, eu vomito você, amor.
Vomito tuas roupas, tua cintura, teu andar pela sala sem nenhuma ternura. Vomito o tronco tenebroso, tuas olheiras, o cheiro de madeira podre do teu hálito.
Vomito as contas, os dedos, as unhas mal cortadas. Um a um, teus cabelos de metal e veneno vomito, vomito uma a uma as vértebras e as asas de teus sonhos aterrados.
Vomito sem mágoa, sem ódio, pequenos homenzinhos de bile verde com forte odor de ácido clorídrico - asas membranosas, formas orgânicas que reproduzem detalhe por detalhe as cartilagens de teu riso.
Vomito um desejo amarelo, noites de penetração e abismo, anéis de tenra mucosa rompidos. Vomito o gozo dessas noites de pêlos e cheiros, de espamos e fluidos, de marcas de lesma sobre a pele. Vomito oceanos de relíquias e cântigos antigos, castelos, frascos de vidro escuro e umas estranhas enguias agonizadas.
Vomito e vomito, e meu vômito ao riso se mistura, e rio você no vômito com a alegrias de águas puras, de uma fonte interior que explode e jorra pelos orifícios de meu corpo lavando você, expelindo você como o rim expele o cálculo, como a viva ave regurgita o seixo morto, como os anéis comprimem e expulsam o sêmen venenoso.
Rio você, meu bem, e te vomito com a alegria das águas indomadas, amorosa como a mãe noturna que subitamente pare uma aurora.
Jamil Snege
Como o vivo vomita o morto, como a ave regurgita o seixo venenoso, como a fêmea rejeita o sêmen indesejado, eu vomito você, amor.
Vomito tuas roupas, tua cintura, teu andar pela sala sem nenhuma ternura. Vomito o tronco tenebroso, tuas olheiras, o cheiro de madeira podre do teu hálito.
Vomito as contas, os dedos, as unhas mal cortadas. Um a um, teus cabelos de metal e veneno vomito, vomito uma a uma as vértebras e as asas de teus sonhos aterrados.
Vomito sem mágoa, sem ódio, pequenos homenzinhos de bile verde com forte odor de ácido clorídrico - asas membranosas, formas orgânicas que reproduzem detalhe por detalhe as cartilagens de teu riso.
Vomito um desejo amarelo, noites de penetração e abismo, anéis de tenra mucosa rompidos. Vomito o gozo dessas noites de pêlos e cheiros, de espamos e fluidos, de marcas de lesma sobre a pele. Vomito oceanos de relíquias e cântigos antigos, castelos, frascos de vidro escuro e umas estranhas enguias agonizadas.
Vomito e vomito, e meu vômito ao riso se mistura, e rio você no vômito com a alegrias de águas puras, de uma fonte interior que explode e jorra pelos orifícios de meu corpo lavando você, expelindo você como o rim expele o cálculo, como a viva ave regurgita o seixo morto, como os anéis comprimem e expulsam o sêmen venenoso.
Rio você, meu bem, e te vomito com a alegria das águas indomadas, amorosa como a mãe noturna que subitamente pare uma aurora.
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